FISIOLOGIA DO CICLISMO
O ciclismo competitivo, em pista ou em estrada, é fisiologicamente exigente. Os
atletas especializamse
em eventos específicos com semelhantes exigências de energia
metabólica. Na corrida o ciclista apresenta tipicamente baixa gordura corporal, alta
absorção máxima de oxigênio, boa capacidade anaeróbica e forte musculatura de
membro inferior.
A corrida em estrada requer que o ciclista apresente uma capacidade anaeróbica
substancial para esforço prolongado, e o potencial anaeróbico necessário para corrida
em pista requer uma variedade de capacidades desde poder de corrida até velocidade de
enduro. Tanto a corrida de estrada como a de pista exigem um conhecimento específico
de táticas, de estratégias, de domínio de habilidades e de coragem considerável.
Os procedimentos de treinamento adotados pelo ciclista são aqueles que
simulam condições competitivas no máximo possível.
REQUISITOS FISIOLÓGICOS
A energia consumida aumenta gradualmente pelos pesos do corpo até cerca de
20 km/h, quando o consumo de energia aumenta rapidamente devido a um aumento da
resistência do ar.
A dimensão corporal do ciclista afeta o custo de energia. Estudos concluíram
que a dimensão do corpo é um fator importante no ciclismo. Além disso, foi estimado
que a diferença na área frontal entre ciclistas de maior massa corporal e aqueles de
menor massa corporal pode ser responsável por 20% das forças aerodinâmicas resistivas
de arrasto sofridas na corrida.
O aumento da massa corporal também aumenta a produção de energia, mas isso
exerce menos influência na área frontal e no arrasto. Essa pode ser uma razão maior por
que os ciclistas que competem em teste de tempo de 100 km e em eventos de velocidade
têm tendência a terem maior massa corporal.
Embora o ciclista com maior massa corporal esteja em vantagem em solo
nivelado, o ciclismo em rampa é um assunto diferente. A energia requerida para o
componente vertical de ascensão de rampa depende do peso total da bicicleta e do
ciclista, não da área frontal.
POSIÇÃO DO CORPO E CUSTO DE OXIGÊNIO
A habilidade de sustentar um trabalho prolongado depende de um suprimento
adequado de oxigênio para os músculos ativos. Estudos descobriram que montar na
posição mais baixa com o guidãopadrão
abaixado resultou em absorção de oxigênio,
produção de trabalho e ventilação de pulmões significativamente mais altos embora não
fossem encontrada nenhuma diferença na freqüência cardíaca da posição de condução
com o guidão no topo.
Johnson e Shultz (apud Garret & Kirkendall 2003) reportaram que não há
nenhum custo fisiológico para rodar com o guidão aerodinâmico. Estudos compararam
o uso do guidão “chifre de touro” com o tipo “clip”, sugerindo que os melhoramentos
aerodinâmicos propiciados por esses guidões são obtidos sem quaisquer custos
fisiológicos aparentes.
Surge uma questão mais importante quanto a como rodar por longos períodos
em um ensaio de tempo em posição aero irá alterar o recrutamento e a fadiga fibramúsculo
em uma corrida longa.
A cinética e a cinemática do ciclista sobre a bicicleta, especialmente na
articulação do quadril, são significativamente alteradas rodando nessa posição
Fonte:
Ga r r e t Jr, William E. K ir k e ndall, Donald T. A Ciência do Exercício e dos
Esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003.
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